domingo, 16 de março de 2014

Em torno do Conceito de História


A História até o século XIX

·        O Nascimento da História na Grécia com Tucidides e Heródoto
·        A História Positivista de Ranke: A verdade está no documento, está na narrativa. 


A Renovação da Escola dos Annales

Não existiu uma “Escola”, mas sim um movimento, através da revista Annales.

Segundo Peter Burke (1997) eram idéias diretrizes da revista:

1.   “Substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma história problema” (11/12)
2.   “A história de todas as atividades humanas e não apenas história política” (12)
3.   “A Colaboração com outras disciplinas, tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a lingüística, a antropologia social, e tantas outras”(12). 

Antes dos Annales outros pesquisadores se dedicaram a temas que não a história política. Como Voltaire “Essai sur les moeurs”, Edward Gibbon (Declínio e queda do império Romano), Faustel de Collanges ( A Cidade Antiga) etc.

“Contudo, uma das conseqüências da chamada “Revolução Copernicana” na história ligada ao nome de Leopold Von Ranke, foi marginalizar, ou re-margionalizar, a história sociocultural” (BURKE, 1997, 18).



A Nova História


A História como ciência

A é uma ciência, mas uma ciência que tem como uma de suas características,o que pode significar sua fraqueza mas também sua virtude, ser poética, pois não pode ser reduzida a abstrações, a leis, a estruturas.

História como problema.

Mesmo o mais claro e complacente dos documentos não fala senão quando se sabe interrogá-lo. È a pergunta que fazemos que condiciona a análise.


A História do “Homem Total”

A verdadeira história interessa-se pelo homem integral, com seu corpo, sua sensibilidade, sua mentalidade, e não apenas suas idéias e atos e que mutilaria  a própria história, esforço total para apreender o homem na sociedade e no tempo.


História que lida com uma multiplicidade de documentos

A história só é feita recorrendo a multiplicidade de documentos e, por conseguinte, de técnicas: ‘poucas ciências, creio, são obrigadas a usar, simultaneamente, tantas ferramentas.


História que objetiva compreender e não julgar

Compreender portanto, e não julgar. Eis o objetivo da ‘analise histórica’ pela qual começa o verdadeiro trabalho do historiador depois da observação e da critica histórica prévias.

  
História ciência do Presente

Não mais uma ciência do passado, mas essencialmente uma ciência do presente, “temas do presente condicionam e delimitam o retorno, possível, ao passado”

A história é busca, portanto escolha. Seu objeto não é o passado: ‘A própria noção segundo a qual o passado enquanto tal possa ser objeto de ciência é absurda’. Seu objeto é ‘o homem’, ou melhor, ‘os homens’, e mais precisamente ‘homens no tempo.


O presente bem referenciado e definido dá inicio ao processo fundamental  do oficio de historiador: ‘compreender o presente pelo passado’ e, correlativamente, ‘compreender o passado pelo presente.


Referência Bibliográfica.

BURKE, Peter. A Escola dos Annales. São Paulo : UNESP, 1990. 
Conheça o livro completo clicando aqui


BLOCH. Marc. Apologia da História.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
Conheça o livro completo clicando aqui




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